18 de abril
Dia Nacional do Livro Infantil
Monteiro Lobato
18/04/1882 –04/07/1948
Dia 18 de abril
comemora-se o dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida em
homenagem ao escritor Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de
1882.
Era filho de José
Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Lobato. Seu nome verdadeiro
era José Renato Monteiro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar
o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no
punho as iniciais JBML.
Juca, apelido que Lobato recebeu na infância,
Monteiro Lobato com as irmãs |
brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho
que eram transformados em bonecos e animais, conforme costume da
época. Uma forte influência de sua própria experiência reside na
criação do personagem Visconde de Sabugosa.
Ainda na infância, Juca descobriu seu gosto pelos
livros na vasta biblioteca de seu avô. Os seus prediletos tratavam
de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta
época incomodava a ele o fato de não existir uma literatura
infantil tipicamente brasileira.
Um fato interessante aconteceu ao então jovem
Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de
Português. O ano seguinte foi de total estudo, mergulhado nos
livros. Notável é o interesse de Lobato escritor no que diz
respeito à Língua Portuguesa, presente em alguns de seus títulos.
É na adolescência que começa a escrever para jornaizinhos
escolares e descobre seu gosto pelo desenho.
Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir
de então, sua tutela fica a encargo do avô materno, o Visconde de
Tremembé. Formou-se em Direito pela faculdade de seu estado, por
vontade do avô, porque preferia ter cursado a Escola de Belas-Artes.
Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que
ele enviava para jornais e revistas.
Em 1907, 3 anos após sua formatura, exerceu a
promotoria em Areias, cidadezinha do interior. Retirou-se depois para
uma fazenda em Buquira que herdou do avô, falecido em 1911. Este
município, onde surgiu um Lobato fazendeiro, recebeu seu nome em sua
homenagem.
Casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de
março de 1908. Do casamento vieram os quatro filhos: Edgar,
Guilherme, Marta e Rute.
Em 1918 lançou Urupês, e o êxito
fulminante desse livro de contos colocou-o numa posição de
vanguarda. Neste mesmo ano, vendeu a fazenda e transferiu-se para São
Paulo, onde inaugurou a primeira editora nacional: Monteiro Lobato &
Cia. Até então, os livros que circulavam no Brasil eram publicados
em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato deram à indústria
brasileira do livro um impulso decisivo para sua expansão.
Em 1926, foi nomeado adido comercial da embaixada
brasileira nos Estados Unidos, de onde trouxe um notável livro de
impressões: América. Usou, assim, suas principais armas em
prol do nacionalismo no tocante à exploração de ferro e petróleo
no Brasil: os ideais e os livros.
Preocupado com o desenvolvimento econômico do
país, chegou a fundar diversas companhias para a exploração do
petróleo nacional.. O fracasso dessa iniciativa deu-lhe assunto para
um artigo: O Escândalo do Petróleo. Já sob o Estado Novo,
sua persistência em abordar esse tema como patriota autêntico
valeu-lhe três meses de prisão.
No público infantil, Lobato escritor reencontra
as esperanças no Brasil. Escrever para crianças era sua alegria,
por isso adorava receber as cartinhas que seu pequenino público
escrevia constantemente. Achava que o futuro deveria ser mudado
através da criançada, para quem dava um tratamento especial, sem
ser infantilizado. O resultado foi sensacional, conseguindo
transportar até hoje muitas crianças e adultos para o maravilhoso
mundo do Sítio do Picapau Amarelo.
Faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1948,
aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.
O Sítio do Pica-pau Amarelo e seus incríveis personagens.
1978 Adaptação da
televisão para a obra de Monteiro Lobato.
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