A
data foi instituída em 1995, pela Unesco – organização voltada
para a Educação, Ciência e Cultura, que integra as Organização
das Nações Unidas.
A escolha do dia do Livro homenageia dois destaques da Literatura Universal, Miguel de Cervantes e William Shakespeare, ambos falecidos no dia 23 de abril.
William Shakespeare, autor da obra "Romeu e Julieta"
Miguel de Cervantes, autor de"Dom Quixote de La Mancha"
"O Dia Mundial do Livro tem sido uma
oportunidade única para refletirmos juntos sobre novas questões
relacionadas aos livros, vistos concomitantemente como indústria,
arte e ferramenta fundamental para a garantia da educação para
todos.
Esses laços são essenciais,
especialmente se considerarmos o livro como principal meio para
ensinar homens, mulheres e grupos sociais marginalizados a ler e a
escrever em um mundo onde um entre cada cinco adultos são
analfabetos.
O livro, instrumento de conhecimento
e meio de compartilhamento, deve promover a educação, o respeito e
o empoderamento de cada pessoa. Ele contribui para o exercício do
direito universal à educação e à participação efetiva de cada
indivíduo na vida política, social e cultural.
Tendo em mente a recente celebração
dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, devemos
destacar que os livros para nada servem se não assegurarmos sua
livre circulação.
Nossas preocupações com a "livre
circulação de idéias por meio da palavra e da imagem",
consagrada na Constituição da UNESCO, devem ser mantidas para
continuarmos a promover o acesso universal aos livros.
Como se vê, o que está em jogo
quando tratamos do livro e de sua circulação é a verdadeira
educação de qualidade para todos e o respeito à universalidade dos
direitos humanos e às liberdades fundamentais".
Koichiro Matsuura,
Diretor-Geral da UNESCO
sexta-feira, 12 de abril de 2013
18 de abril
Dia Nacional do Livro Infantil
Monteiro Lobato
18/04/1882 –04/07/1948
Dia 18 de abril
comemora-se o dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida em
homenagem ao escritor Monteiro Lobato, nascido em 18 de abril de
1882.
Era filho de José
Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusto Lobato. Seu nome verdadeiro
era José Renato Monteiro Lobato, mas em 1893 o autor preferiu adotar
o nome do pai por desejar usar uma bengala do pai que continha no
punho as iniciais JBML.
Juca, apelido que Lobato recebeu na infância,
Monteiro Lobato com as irmãs
brincava em companhia de suas irmãs com legumes e sabugos de milho
que eram transformados em bonecos e animais, conforme costume da
época. Uma forte influência de sua própria experiência reside na
criação do personagem Visconde de Sabugosa.
Ainda na infância, Juca descobriu seu gosto pelos
livros na vasta biblioteca de seu avô. Os seus prediletos tratavam
de viagens e aventuras. Ele leu tudo que lá existia, mas desde esta
época incomodava a ele o fato de não existir uma literatura
infantil tipicamente brasileira.
Um fato interessante aconteceu ao então jovem
Juca, no ano de 1895: ele foi reprovado em uma prova oral de
Português. O ano seguinte foi de total estudo, mergulhado nos
livros. Notável é o interesse de Lobato escritor no que diz
respeito à Língua Portuguesa, presente em alguns de seus títulos.
É na adolescência que começa a escrever para jornaizinhos
escolares e descobre seu gosto pelo desenho.
Aos 16 anos perde o pai e aos 17 a mãe. A partir
de então, sua tutela fica a encargo do avô materno, o Visconde de
Tremembé. Formou-se em Direito pela faculdade de seu estado, por
vontade do avô, porque preferia ter cursado a Escola de Belas-Artes.
Esse gosto pelas artes resultou em várias caricaturas e desenhos que
ele enviava para jornais e revistas.
Em 1907, 3 anos após sua formatura, exerceu a
promotoria em Areias, cidadezinha do interior. Retirou-se depois para
uma fazenda em Buquira que herdou do avô, falecido em 1911. Este
município, onde surgiu um Lobato fazendeiro, recebeu seu nome em sua
homenagem.
Casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de
março de 1908. Do casamento vieram os quatro filhos: Edgar,
Guilherme, Marta e Rute.
Em 1918 lançou Urupês, e o êxito
fulminante desse livro de contos colocou-o numa posição de
vanguarda. Neste mesmo ano, vendeu a fazenda e transferiu-se para São
Paulo, onde inaugurou a primeira editora nacional: Monteiro Lobato &
Cia. Até então, os livros que circulavam no Brasil eram publicados
em Portugal. Por isso, as iniciativas de Lobato deram à indústria
brasileira do livro um impulso decisivo para sua expansão.
Em 1926, foi nomeado adido comercial da embaixada
brasileira nos Estados Unidos, de onde trouxe um notável livro de
impressões: América. Usou, assim, suas principais armas em
prol do nacionalismo no tocante à exploração de ferro e petróleo
no Brasil: os ideais e os livros.
Preocupado com o desenvolvimento econômico do
país, chegou a fundar diversas companhias para a exploração do
petróleo nacional.. O fracasso dessa iniciativa deu-lhe assunto para
um artigo: O Escândalo do Petróleo. Já sob o Estado Novo,
sua persistência em abordar esse tema como patriota autêntico
valeu-lhe três meses de prisão.
No público infantil, Lobato escritor reencontra
as esperanças no Brasil. Escrever para crianças era sua alegria,
por isso adorava receber as cartinhas que seu pequenino público
escrevia constantemente. Achava que o futuro deveria ser mudado
através da criançada, para quem dava um tratamento especial, sem
ser infantilizado. O resultado foi sensacional, conseguindo
transportar até hoje muitas crianças e adultos para o maravilhoso
mundo do Sítio do Picapau Amarelo.
Faleceu em São Paulo, no dia 4 de julho de 1948,
aos 66 anos de idade, por causa de um derrame.
O Sítio do Pica-pau Amarelo e seus incríveis personagens.
1978 Adaptação da
televisão para a obra de Monteiro Lobato.
Em homenagem ao contista romancista e
poeta dinamarquês, o dia de seu nascimento
, 2 de abril, foi escolhido como o Dia Internacional do
Livro Infanto-Juvenil.
Filho de um sapateiro muito pobre, era
freqüentador assíduo de teatros. Foi ator,
cantor e bailarino.
Em 1822, seu talento foi descoberto por um
dos diretores do Teatro Real e
impressionou vivamente o Rei da Dinamarca,
que patrocinou seus estudos.
Cursou a Universidade de Copenhague, onde
começou a escrever poemas, novelas, peças e
livros de viagem.
Em 1835, ao lançar uma coleção de seis volumes de livros destinados a crianças obteve pela primeira vez sucesso na carreira. Alcançou
grande êxito como escritor quando descobriu que seu verdadeiro talento
estava realmente na literatura infantil e não no teatro. Ao todo
Andersen escreveu 156 contos para crianças e dentre as suas histórias
mais conhecidas podemos destacar: O Patinho Feio, A Pequena Sereia, O
Soldadinho de Chumbo, As Roupas Novas do Imperador, A Colina dos Elfos,
A Pastora e o Limpador de Chaminés e A Polegarzinha. Acredita-se que o
autor tenha tido grande afinidade com as crianças, também por se
identificar mais com as mesmas do que com os adultos. Conta-se que
Andersen passava horas contando histórias para crianças, brincando e
ouvindo-as.
Ele transformou em contos as
histórias da tradição oral, acrescentando
personagens e criando novas situações.
Afirmava que seu trabalho não era somente
dedicado às crianças, pois a maturidade é
que traz a compreensão do significado de
um conto de fadas.
Viajante apaixonado visitou à França,
Itália, Portugal, Inglaterra e vários
outros países europeus, além do Marrocos,
na África.
A riqueza, a fama e o sucesso social não
lhe subiram à cabeça. Assim como
freqüentava a família real, lia suas obras
para estudantes e prestigiava a Associação
de Trabalhadores.
No final da vida, reconheceu que sua
história pessoal teve muito de conto de
fadas.
Morreu em 4 de agosto de 1875 e foi
enterrado na catedral de Copenhague, com a
presença do Rei, da nobreza e de grande
massa popular.
A Pequena Sereia
Em homenagem a Andersen, o Rei da
Dinamarca instituiu em 1956 o prêmio
Internacional de Livros para Jovens (International
Board of Books for Young People – IBBY),
considerado o mais importante em sua área,
um “pequeno prêmio Nobel”.
Anualmente, a International Board on Books for Young
People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen aos melhores
nomes da literarura infanto-juvenil.
Lygia Bojunga Nunes (2000) e Ana Maria
Machado (1982) foram autoras
brasileiras laureadas.